Seja bem vindo ao Blog da Saúde LGBT

Neste espaço o Dr. Paulo Branco ira continuamente publicar matérias além de responder duvidas
relacionadas a Medicina e Qualidade de Vida voltadas a população LGBT. Este espaço no entanto,
não substitui a consulta médica, que deverá ser feita pelo médico, no consultório, de corpo presente.





Alguns amigos e pacientes do Dr. Paulo Branco que inspiraram ele a fazer esse Blog.

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terça-feira, 6 de abril de 2010

1- Dor anal crônica.

Os pacientes se queixam de uma dor anal e retal em pressão,queimação que irradia para os gluteos e que piora quando evacua e na posição sentado e melhora ao deitar. Essa dor é de causa desconhecida, porém tem uma incidência maior em individuos anciosos e em mulheres. A dor poderá ser desencadeada por traumatismos locais, como exames urológicos e proctológicos, postural ou profissional por permacer sentado por longos periodos de tempo e história de procedimentos cirurgicos na região perineal. Embora a causa seja controversa, varios estudos realizados com um exame chamado eletromanometria demonstraram a participação dos músculos perianais estriados, estes musculos participam do processo da evacuação e a contração dos mesmos é voluntária, isto é, a contração é controlada pelo paciente, no fechamento da região anal. A participação destes musculos na dor anal crônica pode ser confirmada quando se anestesia o nervo que inerva estes músculo, chamado pudendo interno, a dor desaparece e o inverso é verdadeiro ao se comprimir este nervo a dor aumenta. O diagnostico poderá ser feito pelo toque retal na qual o medico ao palpar os músculos acima referidos o paciente tem dor mais acentuada do lado esquerdo. Os exames que definem as alterações musculares são: Manometria anorretal e ultrassonografia endoanal. Não há um tratamento unico e os tratamentos abaixo visam diminuir a pressão nos músculos com melhora clinica da dor:

1-Laser:
Cirurgia com Laser para baixar a pressão do esfinter anal:
Tenho usado esta técnica com bons resultados para pacientes com dor anal e obstipação intestinal na saida anal associados ao aumento da pressão do esfincter. O procedimento é realizado sob anestesia local e o paciente terá alta logo após o procedimento. Muitos pacientes eu pude observar a associação da dor anal crônica a Fissura anal e a diminuição da pressão já determinará tambem a cura da fissura.

2- Alimentação e comportamento alimentar:
Os meus pacientes recebem um guia nutricional na forma de apostila com as fibras corretas a serem ingeridas associada a um volume de liuidos, porque as fibras só darão bom resultado se associadas a liquidos para formar um bolo fecal macio que não irá machucar a região anorretal.

3- Medicamentos Locais:
Kang relacionou a dor anal crônica com a tendinite dos musculos elevadores e preconisou a injesão no ponto mais doloroso deste musculo, definido pelo toque retal, de antiinflamatorio e analgésico, com os seguintes resultados:
Boa Resposta: 37%
Resposta pobre:19%
Sem pesposta: 8,7%
Os autores sugerem que esta conduta poderá ser adotada como opção inicial já que é simples, segura e com muito baixo índice de complicações.



4-Eletroestimulação Galvanica:
Técnica que usa a corrente elétrica que por mecanismo de despolarização de membrana poderá relaxar os músculos envolvidos na dor. Poderá ser feita usando-se eletrodos posicionados diretamente sobre o músculo espastico ou contraído com uma intensidade de corrente que determine o relaxamento deste músculo ou que simule uma contração voluntária com aquisição da consciência da atividade muscular e esta frequencia está em torno de 35hz que produz contrações confortáveis para os pacientes enquanto frequencias superiores há 40hz poderão determinar fadiga muscular e desconforto.
Resultados: Nicosa obteve bins resultados em 90% dos pacientes tratados com a eletroterapia.

5-Biofeedback:
Consiste no treinamento por estimulos visuais ou auditivos para relaxamento dos musculos esfincterianos envolvidos.

6-Toxina Botulinica:
A toxina baixa cerca de 20% da pressão de repouso do músculo. Chritianson injetou a toxina em 50% dos pacientes com dor anal crônica após adoção de medidas distintas como antiinflamatórios, anlgésicos sem uma melhora importante da dor. Este autor observou uma melhora clinica dos sintomas em 44% dos pacientes

7-Psicoterapia de relaxamento

8- Medidas gerais:
enemas com água morna.

9- Medicamentos orais:
Formulas que contenham sub